sexta-feira, 1 de julho de 2016

Little problems

My problems are too small, I have not rights to complain about them that's why I keep them to myself.
Actually, I think it is kinda the opposite, they are the ones that keep me.
They make me as small as they are, even smaller.
They put me into their pockets.
Some days they allow me to go out and see the sun shine, but most days they got me squeezed and suffocated inside their dark pockets.
They take me to places I don't wanna go. I got used to it after all, and I gave up trying to be bigger and stronger, cause it's way more easy to be carried around.

segunda-feira, 14 de março de 2016

“oh, there ain’t much that's dumber than pinning your hopes on a change in another"

As horas passam pesadas esmagando meu peito de culpa. Não quero mais viver assim, juro que não quero. Mas me livrar da culpa e do peso que é te ter na minha vida significa me livrar de todas as coisas boas que já vivemos.
Não faz sentindo continuar com algo que não faz bem para todas as partes envolvidas… mas, e todas as vezes que rimos e choramos ao mesmo tempo? Todas as vezes que compartilhamos nossos segredos mais profundos? Todas as vezes que falamos a verdade sem um piscar de olhos? Não quero que tudo se transforme em lembranças amareladas numa caixa empoeirada.
Eu não consigo mudar quem eu sou mais rápido e de maneira mais eficiente da que estou tentando, eu não consigo evitar que meus erros estejam sempre na minha frente, chegando sempre antes do meu bom senso. Desculpa. Não sei ser uma pessoa melhor… estou procurando saber, mas ainda não sei nadica de nada sobre coisa alguma.
Chega ser ridículo pensar que toda uma vida, toda uma jornada possa acabar por algo pequeno; bom, talvez não seja tão pequeno -- tudo é relativo, preciso lembrar que não sou eu quem determina o tamanho das pedras que surgem no caminho das relações humanas -- mas enfim, por mais idiota que pareça, por mais que digam que isso não é nada de mais, o medo de tudo chegar ao fim me persegue.
Sou muito burra, eu sei. Ouvi isso a vida toda. Mas vou levando, vou aguentando não tão firme. Desistindo um pouco a cada dia porque simplesmente não levo jeito com pessoas. Mas não é assim que caminha a humanidade? Tropeçando todo dia nos mesmos erros? Acho que sou burra por achar que evoluímos, por acreditar nas mudanças que não vão acontecer…
E por falar em mudanças que não vão acontecer, vou seguir sendo burra e acreditando em mudanças irrealísticas. Vou seguir acreditando em mim, vou seguir acreditando em você. Porque é só o que eu consigo fazer no momento.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

prosa incômoda e deslocada

É uma tarde quente típica de um não-verão. Dessas tardes deslocadas e incômodas. A cabeça dói um pouco de tanto girar em volta dos mesmos pensamentos. Sentada em frente ao computador, que também está quente de tanto carregar os mesmos dados, tento mais uma vez fingir a dor que deveras sinto.
Tem que ser assim, não é mesmo? Tem que inventar, porque é estúpido falar de si mesmo. É estupido fazer da sua vida enredo. Principalmente quando o narrador-personagem é neurótico e infantil.
Mesmo assim, não quero mais escrever sobre amor inventado, acho brega. Infelizmente, amor é o sentimento mais fácil de fingir.
Ah, o poeta é um fingidor…
Mas não sou poeta, não é mesmo? Sou da prosa simples, baixa, suja. Não tem porque fingir nesse caso, não é? Não tem porque não deixar a realidade pouco glamourosa de lado. Não tem porque não dizer em caixa alta: MAS QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO?!
Não consigo mais encontrar motivos para fingir um ar de too cool for school young writer. Não nessa tarde quente de não-verão em que a cabeça dói com os mesmos pensamentos neuróticos de sempre.

domingo, 20 de setembro de 2015

I'd probably still adore you...

... or I did last time I checked.

Engraçado essa minha capacidade de insistir naquilo que não é bom pra mim. Em insistir naquilo que me destrói um pouquinho a cada dia.
Todos os dias, eu me armo da cabeça aos pés com a minha melhor atitude, minhas melhores histórias, minhas melhores qualidades pra enfrentar o meu mundo e o seu mundo de queixo erguido. Mas tudo isso não me impede de me sentir tão pequena perto das coisas que você diz, das coisas que você faz. Ando mendigando seu reconhecimento. Não preciso, eu sei, mas quero mesmo assim.
Eu nem ao menos te quero na minha vida e tento não me importar com por onde você anda, mas por razões que prefiro não investigar o seu olhar pouco impressionado recai sobre cada passo que dou.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

to mr. know-it-all

I can see you walking down the hallway with your all made up authenticity. I can see you trying so hard not to be like everyone else -- just like everyone else is doing.
For a long time I’ve be curious whether you were shy or arrogant. I guess you were just focused on proving to yourself that you are doing it right - you know - being different, being original.
The shitty thing is that no one really cares if you’re an original person or not -- they are deeply engaged in their own journey towards originality.
Why can’t we be alike? Why does everybody need to be special?
I believe we are in the same boat, though. Everyone in the same boat… It would be fun if it wasn’t sinking, darling!
Would you die in an original, special way?
I’m sorry, I don’t need you to try to make sense of my questions. It doesn’t make sense, it doesn’t have to. I don’t want you to understand me, silly boy. That would mean that we have something in common, and - hell no - you’ll let yourself have something in common with me. But, listen, don’t act like you know better, like you’re totally aware of your decisions. You’re not supposed to lie, are you? I guess you’re not, since you didn’t even try to pretend you like me.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

amor em promoção (semi-novo)


O sentimento que você está procurando não está aqui mais. A garota que você está procurando também não está mais aqui.

Difícil evitar o sentimento de perda quando aquilo que você mais queria anos atrás já não te excita ao ser oferecido de bandeja para você no presente.
           O tempo passou para mim, deve ter passado para você também. Não venha me oferecer agora algo que você não pode, não quis oferecer no passado. Talvez hoje o trato pareça mais interessante para você, mas - sinto muito - não para mim.
            Por favor, não ache que eu quero retaliação. Longe de mim.
           O que acontece é que depois de passar tanto tempo querendo algo e não sendo capaz de tê-lo, você começa a questionar o real valor do seu objeto de desejo. Muitas vezes você acaba percebendo que não conseguiria encaixá-lo em nenhum espaço da sua vida. Principalmente quando seus gostos, suas dimensões mudam drasticamente.
            É isso, meu amigo. Não coloque seu objeto tão precioso na promoção. Não preciso do seu amor e não o quero.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Labirintos



Meus relacionamentos amorosos são como labirintos. Estou sempre procurando uma saída. Perambular pelos os corredores ao léu? nem pensar! Preciso encontrar a saída. Esquerda, esquerda, direita, segue. E foge. E corre.

De repente um campo aberto, a brisa leve, o sol. Está tudo bem, digo a mim mesma. Estamos do lado de fora, sussurra aliviado o coração. E é tão bom se sentir livre, sem precisar planejar cada passo que der, cada esquina que dobrar, sem olhar para os lados e ver paredes, paredes e mais paredes. Vamos ficar aqui pra sempre, prometo.
Olhando para porta pela qual saí reflito sobre todas as artimanhas que usei para conseguir escapar. Suas roupas, sua idade, seus livros, suas músicas, seu signo - pois é, euzinha que nem acredito nessas coisas de sinastria! Usei todos os argumentos lógicos e ilógicos para te (me?) convencer de que tudo ia mal, para continuar fugindo pela esquerda, pela direita e em frente.
Cá estou eu agora, livre.
Sol na pele, relva entre os dedos dos pés, olhos no horizonte. Tão bonito, mas tão longe e tão inalcançável. Estou onde quero estar. Será?
A porta para o labirinto me observa - juro que não observo ela… muito. Sinto seu olhar fixo na minha nuca, que arrepia. Lembro que você dizia:
“Nucas são fascinantes”, correndo os dedos de leve sobre a minha.
“Que bobagem”, eu respondia “Continue procurando uma saída”.
Com um gesto brusco você me prendia contra a parede e insistia:
“E se não tiver uma saída? E se a gente tá destinado a ficar aqui pra sempre?”
Você me assustava. Muito mais com seus olhos e suas palavras do que com sua força. Não pode me culpar por ter fugido, não pode. Não quando eu ainda estou sentada em frente a porta de saída, decidindo se sigo em frente ou faço o caminho inverso. Em versos, talvez.